14 de maio de 2010

Em uma prosa,
Rosa.
Absurda e cálida.
Em uma dor,
Fraca
Muda
emLágrima.

Abençoa
Essa vida
De outrem
Que essa Driver-
vida
Não tem
Ninguém

26 de abril de 2010

Vislumbro razão,
ardo chamas,
lamas.
Digo:lírico...
Finda lírica
de uma canção.

Lamento o tempo.
Vivo o lastimável,
usurpando os ventos

E acabo raro
em acalantos...
Quebrando pratos,
acolhendo prantos...

Um dia.

Um dia sim,
um dia não.
Um dia talvez,
um dia, por quê não?

Um dia ainda me racho,
de tanto rir,
por acabar do esculacho.
A sorte do acaso,
não vira mais pra mim.
Talvez eu procure um fim...

Para tanta angústia,tanta decepção.
Quem sabe uma donzela para o meu coração?
Por quê, não?

Para meu dia taciturno:
um pitada de doce
Para meu dia banal:
uma pitada de sal

Para essa estrofe sem rima:
uma batida na quina,
Pra rachar a cuca
e pensar numa.

Haicai I

Tempo de verão,
Chuva de outono,lá fora
E lábios chorando

Além!

Viver,muito além do sentir
viver mais além
Viver ante mim e ninguém
Viver sem voce é desdem
Apenas viver
sem se ter
que ser e viver,só se contém
Assim eu via o inverno
Da janela da sala de estar
Não podia sentir;
só armagura
aquilo sim que era saudade!
Um saudade futura
De uma falta de felicidade!